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Melo Xaveir Responde por 12 crimes |
O ex-deputadO do MPLA Mello Xavier será sentenciado, provavelmente, no próximo dia 1 de Outubro, na seqüência de 12 crimes de que é acusado.
Segundo o advogado de defesa, João Gourgel, dos 12 crimes que pesam sobre o seu cliente, o Ministério Público apenas conseguiu provar dois.
“Isto não quer dizer que foi absolvido dos outros crimes; a sentença ainda não foi lida pelo tribunal e vamos aguardar pelo desfecho”, esclareceu.
O julgamento teve início terça-feira (21) na câmara dos Crimes Comuns do Tribunal Supremo, em Luanda, tendo o ex-deputado respondido sobre quatro dos 12 processos-crime.
Os crimes de é que indiciado discriminam-se em um de difamação, um de ameaça de morte, quatro de ofensas corporais, um de danos voluntários, um crime voluntário de ofensas corporais contra agentes da autoridade, um de injúrias contra polícias, um de resistência, um de condução ilegal e uma contravenção ao Código de Estrada.
Dos quatros processos-crime que pesam sobre o ex-deputado, o primeiro tem a ver com a suposta agressão a um agente da Polícia Nacional.
Mello Xavier negou ter agredido o agente: “Não bati nele; o que estão a dizer não corresponde à verdade.
Ele pegou-me no peito e eu empurrei-lhe. Só foi isso. E dirige-me a eles com muito respeito. Tudo isso que estão a dizer é mentira”, afirmou o ex-deputado.
Mas os depoimentos de Mello Xavier são contrariados pelos dois agentes e testemunhas que presenciaram o incidente.
O agente Alberto Pinto Monteiro, que disse ter sofrido agressão por parte do empresário, começou por confirmar tudo o que dissera aos investigadores da Direcção Nacional de Investigação Criminal. “Rui Mello Xavier, o filho do empresário, fez uma manobra perigosa e eu mandei-o parar. Perguntei se sabia o que tinha feito e o jovem disse-me que não tinha visto o sinal e que poderíamos passar a multa. Mas disse-lhe que tinha que aguardar pelo agente de trânsito”.
Segundo o queixoso, logo que o jovem ouviu aquilo pediu se poderia fazer um telefonema e, passados 15 minutos, apareceu o empresário Mello Xavier, seu pai.
“Logo que chegou começou a falar comigo sem maneiras. Perguntou-me se sabia quem ele era: Sabes quem sou? Onde está o teu chefe?
Encaminhei-o para junto do meu chefe. Quando chegou junto dele, a primeira coisa que fez foi puxar os documentos das mãos do meu chefe. Começou a ofender-nos, que nós não éramos nada, que éramos cães, o vosso ministro do Interior e o comandante Geral da Polícia Nacional estavam abaixo dele”, declarou o agente.
Ele disse também que em conseqüência das agressões sofridas ficou durante algum tempo com o dente partido. “Fiquei muitos dias sem conseguir comer em condições, porque sentia muitas dores na boca e, depois de um ano, fui tirar o dente e até ao momento ainda não pus placa dentária porque não tenho dinheiro”, disse.
Questionado sobre qual era o seu espírito neste momento, Alberto Monteiro respondeu que não se sente seguro e que tem medo de andar na rua. “Mesmo fardado não fui respeitado, fui agredido pelo senhor Mello Xavier, então à civil. Não sei o que me pode acontecer; realmente tenho muito medo”.
Rafael Cafala, outro agente que chefiou o “giro” naquela noite, confirmou a versão do seu colega e acrescentou que naquela altura não prenderam Mello Xavier porque sabiam que, enquanto deputado, gozava de imunidade e ao não detê-lo não violavam a lei.
Os dois agentes disseram em tribunal que ficaram detidos durante 10 dias porque não prenderam o acusado.
No mesmo dia foi ouvido o filho do empresário, Rui Mello Xavier, que disse ter reconhecido a infracção, ressalvando que não viu o pai a bater no agente e que os mesmos não estavam a falar a verdade.
Um jurista, que falou sob anonimato, ao Novo Jornal disse que todos estes crimes, poderão vir a ser convertidos em multa, caso Mello Xavier venha a ser considerado culpado.
Mas o ex-deputado tem mais casos aguardando chamada do tribunal.
Fortes Postagens!!
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